Publicação oficial de divulgação do Trade Turístico, sob a coordenação da Associação Brasileira das Agências de Viagem do Amapá (ABAV-AP) e Sindicato das Empresas do Turismo do Amapá (Sindetur).

sábado, 19 de setembro de 2015

PERSONAGEM: Claudomir Fagundes, presidente do Singtur-AP

O turismo do Amapá é marcado por histórias como a do paraense Claudomir Fagundes, de 52 anos, que nasceu em Belém. Ele diz que o interesse por viagens surgiu devido a profissão de seu pai, que era o que se costumava chamar de ‘caixeiro viajante’, o que hoje é uma espécie de representante comercial. Aos 16 anos decidiu seguir o ofício, atuando principalmente no sul do Pará. “Queria interagir com outras pessoas, conhecer novos lugares e oportunidades”, diz ele. Enquanto seu pai vendia todo tipo de bugigangas, como cintos, tecidos, óleo e até pente, ele decidiu ousar e vender brindes, daí ter facilidade para trabalhar com artes gráficas e criação de publicidade.

Currículo
Mas seu interesse pelo turismo falou mais alto e ele buscou qualificação. É guarda- parque, fotógrafo, designer gráfico, possui licenciatura em História e está cursando a faculdade de Biologia. Ele também é formado como Guia de Turismo, pelo Senac, em 1993. No ano seguinte fundou uma associa-ção, cuja primeira presidente foi Simara Regina Bentes. Em 2005 ajudou a fundar o Sindicato dos Guias de Turismo do Amapá, o Singtur, que atualmente é seu presidente.
Ele conta que essa atividade jamais deu condição de garantir o sustento de sua família, daí ter atuado em várias frentes profissionais. “Mas a minha paixão é o turismo, pois adoro me sentir útil e receber quem nos visita”, diz Claudomir. Como autônomo, ele diz que o guia de turismo pode contribuir com a previdência social como qualquer outro profissional.
Entre as principais bandeiras de luta da categoria que ele re-presenta, está o reconhecimento por parte do poder público da necessidade de se contratar guias profissionais, que além da formação técnica, possuem um cadastro nacional junto ao Ministério do Turismo. Os principais monumentos turísticos de Macapá, por exemplo, usam monitores terceirizados e não os guias. “Nós também estamos atuando junto às empresas do setor para que também contratem guias regulares”, acrescenta. Claudomir também fala que é preciso instalar os CAT’s (Centros de Atendimento ao Turista) no aeroporto, na estação rodoviária e nas principais cidades do interior, pois hoje apenas Mazagão possui um.
Ele lembra que existe uma lei federal que regulamenta a profissão do guia e que estados que apostaram no turismo, como a Bahia, são exemplos de mercado promissor para a função, pois mesmo em baixa temporada um profissional chega a faturar de R$ 3 mil a R$ 4 mil no atendimento a grupos de turistas, especialmente os estrangeiros.

Demandas
Em Macapá, além do Senac, apenas o CEPA (Centro de Educação Profissional do Amapá) está habilitado para formar guias turísticos. “Já foram formadas 12 turmas de guias, o que representa um total de 280 profissionais. Mas no Singtur temos apenas 42 cadastrados, sendo 60% com nível superior, 20% que falam um segundo idi-oma e 10% aptos em conversação com mais duas línguas”, detalha Claudomir, que diz agora perseguir o ideal de um curso superior e credenciamento para ser guia nacional.

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