Afirmam existir na pedra uma cobra grande, com dimensões ainda não calculadas e na maré de reponta – ou seja, quando a água do rio não está na cheia e nem na vazante – sai dali para tomar água, de maneira que a água nunca conseguiu cobrir a pedra. Se porventura, alguma autoridade tiver a infelicidade de mandar retirar a pedra do rio, a água do Amazonas subirá tanto, que Macapá toda irá para o fundo.
Outra versão da lenda é que havia na tribo dos Tucujús – primeiro povo habitante dessa terra – uma índia muito bonita, apaixonada por um índio que todas as manhãs saía pela praia em busca de alimento. Quando ele saía, a namorada acompanhava-o até a praia e lá ficavam o dia todo, até o sol pousar na lagoa dos índios, quando o índio voltava, levava-a para a maloca. Isso acontecia todos os dias e começou logo a ser observado pela tribo. Num certo dia, de manhã cedo, como acontecia sempre, o índio desceu o rio pela praia e sua amada ficou à espera no local de sempre, mas aconteceu que ele não voltou.
A noite chegou, a índia desesperada ainda o esperava em vão. Acocorou-se e chorou a noite toda, dias e dias, e lá morreu. No lugar de suas lágrimas nasceu a pedra com formato de corpo de mulher, que mais tarde, muitos anos depois passou a ser conhecida como Pedra do Guindaste.
* Colaborou o historiador Edgar Rodrigues
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